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Veja uma breve história do Rap no mundo e no Brasil - uma trajetória de contestação e resistência.

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As batalhas de Rap tem estilos diferentes e regras variadas, conforme o lugar. Clique aqui e veja quais são.

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A turma do Rap tem opiniões fortes sobre temas importantes, como aborto e violência policial.

Capital do rap
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Alguns rappers dizem que o Distrito Federal tem mais de 40 batalhas de Rap. Outros falam em quase 70. O fato é que o número é mesmo surpreendente e, seguramente, está na casa das dezenas. O fenômeno é sucesso absoluto no Plano Piloto e, principalmente, nas periferias das cidades em volta da capital.


Como em muitas outros lugares, no Brasil e nos EUA, negros e pobres são maioria entre os praticantes, mas jovens brancos e alunos da Universidade de Brasília também curtem o gênero. A Unb, inclusive, é palco de uma das batalhas de maior sucesso da região, a da Escada, transformada em projeto de Extensão da Universidade.

Os homens ainda dominam a cena, mas as mulheres reagem, criam espaço e estilo próprios e exigem respeito! Tudo isso e mais um pouco está no vídeo abaixo, com entrevistas e imagens exclusivas deste webdoc. Veja:

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Agenda

A mídia brasiliense acompanha o sucesso do Rap. Aí estão três amostras de reportagens sobre o gênero:

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É o rap do DF Invadindo a Cena!

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Conheça os artistas que levam o rap de Brasília para o restante do país

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Conheça o rap tropicalista do grupo brasiliense puro suco

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De segunda à segunda, o Distrito Federal oferece, pelo menos, uma batalha diferente de Rap, por dia. São muitas opções de qualidade. Veja uma agenda com 7 batalhas:

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Regras
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Cada batalha tem sua própria organização, mas, em geral, elas seguem roteiro e regras parecidas.
 

Por exemplo, os participantes se inscrevem no começo do evento e a a ordem de apresentação é sorteada.
 

Existem duas modalidades principais - estilo tradicional e bate e volta. É feito um par ou ímpar e o ganhador escolhe quem começa a disputa.
 

No estilo tradicional, um Mc ataca e o outro responde. São feitos dois rounds. Em caso de empate, os adversários seguem para a terceira rodada.

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No estilo bate e volta, os Mcs se atacam no formato 4x4. Ou seja, cada um rima 4 versos de forma intercalada, até que ambos tenham rimado 4 vezes. Essa modalidade exige um pensamento mais ágil e é muito usada no 3º round das batalhas tradicionais para desempate.
 

O público aponta o vendedor. Em geral, citações racistas ou preconceituosas são condenadas.

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Veja mais informações:

 

Tudo sobre Batalha de Mcs

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As batalhas de rap se multiplicam na grande São Paulo

História
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O Rap é uma das vertentes do chamado Hip Hop, o movimento cultural que surgiu na década de 1970, em bairros pobres de Nova Iorque, nos Estados Unidos, como o Bronx. O fenômeno sempre teve fortes contornos políticos e sociais, ao representar a expressão de jovens marginalizados como grupos de negros, jamaicanos e latino-americanos.


A ideia subjacente ao Hip Hop era a de se contrapor à violência e à opressão com arte e criatividade. Por isso, as disputas se transformavam, por exemplo, em batalhas de Rap e, não, em enfrentamentos reais. Versos e rimas substituíram as armas.

O disc-jockey Afrika Bambaataa - considerado o pioneiro e criador do movimento - definiu quatro pilares da cultura hip-hop: o MC, ou Mestre de Cerimônias; o DJ, ou Disc Jockey; o Street Dance e o  Graffiti .
 

No Brasil, o movimento chegou de fato na década de 1980, principalmente, na periferia de São Paulo e, ao longo dos anos, se espalhou por grandes aglomerados urbanos de todo o país, como o Distrito Federal. Aqui, a Ceilândia é considerada o berço das batalhas de Rap, mas o fenômeno contagiou toda a região.
 

Veja, agora, um pouco da história de uma legítima representante de um dos pilares do Hip Hop. É a DJ Kashuu, da Batalha das Gurias.

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Conheça, também, as ideias de dois grafiteiros que frequentam e vivem as batalhas de Rap: Tamires Flora e André Oneal.

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E mergulhe na história do Hip Hop e do Rap nos endereços a seguir. O destaque é o primeiro link, um vídeodocumentário no YouTube:

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O Rap Pelo Rap - Documentário Completo (dirigido por Pedro Fávero)

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Portal Rap Nacional

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Batalhas de rimas

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https://berap.com.br/

Escada
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Esta batalha se repete todas as quartas-feiras, a partir das 6 horas da tarde, no teatro de Arena da UnB, no campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte.


O evento merece destaque, com espaço próprio no webdoc, pela dimensão que assumiu. É um dos que reúnem maior público, regularmente. São cerca de 400 pessoas por noite! Quem assiste ou participa tem diversão garantida, seja pelo Rap em si, seja pelo ambiente, carregado de curiosidades típicas deste universo jovem.

A batalha da Escada cresceu, ganhou importância e consistência até se tornar um projeto de extensão da UnB. Em entrevista exclusiva ao nosso webdoc, a professora Olgamir Amancia Ferreira, decana de Extensão da Universidade, explica a relação desta batalha com a UnB e com as comunidades acadêmica e extra-acadêmica.

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Conheça melhor a Batalha da Escada:

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Para Além da Escada

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Batalha Da Escada #01

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Para os estudiosos, aqui vão informações aprofundadas sobre a Batalha da Escada:

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[RAP]ORTAGEM BdE: Um documentário sobre a Batalha da Escada, de Rafael Montenegro da Silva

Gurias
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Esta batalha também ganha destaque por ser organizada, exclusivamente, por mulheres – uma forma de autoafirmação e de reação delas ao machismo, comportamento que ainda impera no Hip Hop. No vídeo abaixo, você vai ver imagens da batalha e depoimentos interessantes e consistentes de jovens mal saídas da adolescência.

O webdoc separou dois duelos que demonstram a diferença entre homens e mulheres, na hora de fazer versos de Rap. Elas recusam fortemente a ingenuidade e a pose de donzela, mas reclamam que eles abusam da agressividade, usam rimas insistentemente sexualizadas e ainda são sexistas. Alguns homens acolhem essa crítica e seguem caminho diferente, mas muitos ainda se enquadram no modelo antigo. Veja um duelo tipicamente masculino:

As mulheres, muitas vezes, também trocam ataques, mas evitam ofensas morais. Não raramente, se elogiam durante o duelo e partem para o lirismo.

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Rap Cabeça
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Os jovens do mundo do Rap são, na grande maioria, muito contestadores e politizados no sentido mais amplo da palavra. Prestam atenção à política institucional, mas se preocupam, principalmente, com questões identitárias e de comportamento. Assim, discutem, por exemplo, sexualidade e os papeis sociais de homens, mulheres e pessoas LGBT, com grande tolerância e aceitação das diferenças. Veja um vídeo com opiniões de alguns rappers sobre outros assuntos importantes para eles, como drogas, polícia e aborto. Evidentemente, o que os entrevistados dizem não esgota o universo de rappers, mas parece ser representativo do que pensa a maioria.

Referência

E, por falar em cabeça, o que pensa a maioria dos rappers? O que eles dizem nas letras? Selecionamos três links que mostram grandes composições do Rap nacional e internacional. Todas primam por qualidade, pela poesia cada vez mais reconhecida.

https://demonstre.com/musicas-de-rap/

http://www.rapleagues.com/hip-hop-music/

https://portalrapmais.com/100-melhores-faixas-de-rap-de-todos-os-tempos-segundo-rolling-stone/

Os jovens do Rap não costumam gostar da palavra ídolo. Acham que o termo remete a uma postura de deslumbramento acrítico. Eles preferem dizer que os rappers que gostam servem de referência e inspiração, na música e na vida.

 

Veja alguns dos famosos citados pelos MCs de Brasília:

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Sonhos
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A maioria dos participantes de batalhas encara o Rap como diversão, forma de interação social e de afirmação pessoal. Mas alguns sonham em ir mais longe, em seguir carreira.

 

Veja o que esses dizem:

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Cola comigo
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O universo do Hip Hop é fortemente marcado pelas gírias. Existem dezenas e dezenas de palavras e expressões. Em geral, são uma mistura de português e inglês e resultam em neologismos que podem variar de lugar para lugar.

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Veja algumas fontes para outras gírias do mundo do Hip Hop:


12 gírias e expressões do vocabulário Hip Hop

 

Gírias de hip-hop

Para entender o título acima e outras gírias, veja uma lista de algumas das mais usadas:

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Atitude: os rappers costumam dizer - “para fazer parte do grupo não só é preciso ter consciência, mas também atitude.” O termo sintetiza a linha de conduta que o grupo espera de cada um.

 

Beat: batida. Os grupos de rap cantam em cima de um fundo instrumental (base) de forte apelo rítmico.
 

Bembolado: mistura de ideias.
 

Cabeça: pessoa esclarecida, consciente, engajada.
 

Chegado: amigo.
 

Chegar na humildade: é quando o mano aproxima-se de alguém, em atitude democrática, sem demonstrar indiferença.
 

Colar: andar junto, tornar-se amigo leal.
 

Crocodilagem: traição.
 

Dois palito: ser rápido.
 

Embaçado: demorado, perigoso, chato.
 

Firmeza: com certeza.

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Gangue: no hip hop, é uma organização de breakers, que também pode ser chamada de equipe ou crew.
 

King: rei, o melhor dos grafiteiros.
 

Lagartixa: possui vários sentidos, mas em geral é um termo pejorativo. Está associado àquele que não tem consciência política.
 

Mano: aquele que é reconhecido como um igual dentro do movimento hip hop.
 

Mil grau: elogio de manos quando apoiam ou valorizam alguma atitude. Exemplo - os Racionais é mil grau.
 

Mina: garota.
 

Paga pau: delator, dedo duro.

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Quebrada: lugar ou bairro/cidade do hip hopper.
 

Radicais: rappers que criticam o racismo, a polícia, o sistema, tudo com o que não concordam.
 

Sangue bom: amigo, colega.
 

Sucker MC: MC que se apropria das ideias do outro.
 

Tag: assinatura dos grafiteiros feita com marcador ou spray.
 

Truta: o termo inicialmente tinha apenas o sentido pejorativo e significava protegido, submisso. Atualmente, “truta de verdade” tem também sentido positivo. Refere-se a lealdade, companheirismo eamizade.
 

Yo!: gritos de exaltação, geralmente utilizado para animar o público em shows e festas.

quem sou eu
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Meu nome é Guilherme Menezes e sou jornalista. Trabalho em televisão desde 1982 como apresentador, repórter e editor, com passagem pelas principais redes de TV brasileiras. Agora, em 2018, finalmente, concluo o curso de jornalismo que comecei há quase quarenta anos – antes tarde do que nunca. E este webdocumentário é justamente o meu TCC no IESB. Para acessar o trabalho, clique aqui. O

   design deste site é de Débora Pires deborarap@gmail.com e a edição de vídeo é de Pablo Diaz diazcomz86@gmail.com. Espero que você se divirta com o webdoc. Obrigado.

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